O governo Lula acaba de excluir quase 1 milhão de famílias do Bolsa Família. Em pleno mês de julho, 900 mil beneficiários foram desligados do programa, segundo números oficiais da Caixa Econômica Federal.

Com isso, o número de famílias atendidas caiu de 20,5 milhões para 19,6 milhões. A medida, segundo o governo, é parte da “nova regra de transição” e deve gerar economia para os cofres públicos, mas à custa dos mais pobres.

A decisão ocorre em meio a um cenário de inflação nos alimentos e alto desemprego, e tem causado revolta entre lideranças sociais e famílias de baixa renda. O Ministério do Desenvolvimento Social ainda não explicou como será feito o novo processo de avaliação, mas admite que o endurecimento das regras é proposital.

A principal mudança está na redução do tempo de permanência das famílias que conquistam empregos formais: antes, podiam continuar recebendo por 2 anos agora, por apenas 12 meses. Já aposentados e pensionistas só poderão continuar por 2 meses no programa.

Além disso, o teto de renda para permanecer no Bolsa Família caiu de R$ 759 para R$ 706 por pessoa. Isso significa que até mesmo quem ganha um salário mínimo pode ser desligado.
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